Quando o Asfalto Fala

O Corti Nunca Foi um Palco

Eu costumava sentar naquele asfalto rachado às 6 da manhã, antes que o sol subisse sobre East New York. Aroos não tinham patrocínio. Os aros não estavam consertados. Meus tênis tinham buracos—and ainda jogava. Nenhum olheiro veio. Nenhum agente ligou. Só nós: meninos sem nada, exceto tempo e o peso de ser visto.

Silêncio como Estratégia

Chamavam de “quadra” como se fosse um parque. Mas no meu bairro, era terapia. Cada drible era uma frase. Cada lance, uma prece sussurrada no asfalto sem permissão. Ninguém escreveu nossa história—não porque não importávamos, mas porque sabíamos criar sentido sem ser perguntados.

Quem Tem Direito de Jogar?

A NBA nunca veio aqui—não porque não éramos bons o suficiente, mas porque já jogávamos de outro modo. Não precisávamos de contratos; precisávamos uns dos outros. Quando o sol acertava justamente—quando as sombras se estendiam longe da cerca—é quando aprendemos o que significa ser visto.

Não estou escrevendo isto por métricas ou cliques. Estou escrevendo porque alguém em algum lugar precisa saber: às vezes, a subida mais silenciosa é a única que dura.